O palestrante iniciou com a Teoria da Mediação, mostrando-nos que a qualidade da relação versus interação potencializa a aprendizagem.
A seguir , sinalizou o quanto o ambiente pode interferir no desenvolvimento da inteligência. Isso foi concretizado através do exemplo de uma experiência feita com três ratos, sendo o primeiro colocado num local fechado onde a comida ficava próxima a ele; o segundo em um outro lugar também fechado, porém o alimento foi posto de forma que ele necessitasse de alum esforço para obtê-lo; já o terceiro, e último rato, fora preso em um espaço tendo que enfrentar o desafio de um labirinto para conseguir se alimentar. Mas , a cada dia a comida era trocada de local o que tornava sempre mais difícil tal aquisição. No final de um determinado tempo, os dois primeiros ratos haviam morrido, enquanto o terceiro continuava vivo e bem ativo, tentando achar mais alimento.
Essa experiência serviu para nos alertar sobre a maneira como oferecemos ou não desafios ás nossas crianças para que possam através de situação-problema desenvolver sua capacidade cognitiva.
Marcos Meier destacou também que , embora os 100 bilhões de neurônios da bagagem genérica do homem vão-se perdendo ao longo do tempo, o número de sinapses pode ser aumentado mediante as possibilidades de estímulos que se receber. Explicou que a diferença no desenvolvimento da inteligência está na superação, por isso as crianças devem receber estímulos, problemas e desafios para serem resolvidos por elas próprias.
Ao estabelecer que a negligência é um crime contra o cérebro e tão prejudicial quanto a superproteção. Marcos diz que esta última limita a capacidade do cérebro .
No que se refere à escola e família o nosso palestrante destaca o cuidado que se deve ter ao falar com os pais sobre o desenvolvimento do filho, evitando palavras que diminuam a imagem da criança, mas sim , elogiar o potencial dela e dizer que o mesmo pode ser bem mais trabalhado. Mostrar inclusive com é importante desenvolver a autonomia, fazendo com que a própria criança resolva os seus problemas. Tudo isso dever ser feito sem nenhuma força física. Ressaltou também: " Nos não somos facilitares da aprendizagem, somos desafiadores das dificuldades".
Foi tratado também da chamada síndrome da Privação Cultural, ou seja, a criança é privada da própria cultura, pois o mundo não está sendo explicado para ela. Um exemplo disso é quando uma criança de 10 anos , que provavelmente já sabe o sistema monetário, mas não lhe foi explicado como isso funciona no seu cotidiano. Portanto , esse conhecimento fica só na teoria e não é interiorizado.
Outros exemplos dessa mesma síndrome são os de crianças que ficam sozinhas. as que assistem à televisão o dia inteiro ou aquelas viciadas em vídeo games. Entende-se então que é imprescindível tempo de mais qualidade para que haja uma boa aprendizagem.
Quanto ao papel do professor, Marcos Meier alertou que ele deve procurar, sempre que possível, desenvolver a autonomia do aluno e não tem que lhe ensinar, pois quanto mais o aluno aprende mais ele se apropria da cultura. " O verdadeira mestre é aquele que ensina autonomia.".
Na mesma linha temática o palestrante apresentou-nos as fases da autonomia assim divididas:
Anomia - a fase do bebê - não há regras, nem limites;
Heteronomia - há excesso de normas, regras limites que vêm do outro.
Autonomia - quando a criança já interiorizou e compreendeu todas as regras.
Se todas as etapas forem desenvolvidas, a criança já possui autonomia, daí ela consegue ter percepção das coisas, o que torna possível a aprendizagem.
Em outro momento, Marcos Meier voltou-se mais para o fator emocional em que ele aborda a falta de afeto como sendo altamente prejudicial tanto para a criança, adultos e inclusive idosos. Explica que a criança necessita de afeto para desenvolver a sua autonomia. Já o adulto, embora precise muito, procura " disfarçar" essa carência afetiva o que não se dá com o idoso, pois esses fazem questão do toque, da proximidade. Quando há falta de afeto, de contato, de amor temos como resultado a depressão.
Quanto ao ciclo de aprendizagem, Marcos Méier o distribuiu assim:
1°.) Aula - memória de curto prazo - a pessoa logo esquece o que foi apresentado.
2°.) Lição de casa - memória de longo prazo - repetição do que foi explicado em aula .
3°.) Sono profundo- fixação - o que há na memória de longo prazo é fixado durante o sono.
Um dos itens bem interessantes de se observar foi o de que dever de casa ainda é um dos recursos mais importantes para que a criança possa apreender , pois esse simples hábito de repetição é que vai construir a aprendizagem. Destacou também o hábito de seis semanas de repetição diária.
Marcos Meier observou que o adolescente não cria vínculo , para ele tudo é superficial, por isso devemos estar atentos a esse tipo de comportamento.
Citou que o trabalho , às vezes , não tem que ter prazer , mas sim, realização.Finalizou dizendo que as crianças, hoje em dia, não têm sono profundo, dormem pouco; logo não conseguem ter fixado aquilo que lhes foi explicado durante as aulas. Isso talvez se deva a tantas ocupações ou distorções a que são submetidos.
O nosso palestrante deixou claro que a apresentação de uma alternativa melhor não acarreta mudança nem faz as pessoas mudarem, mas sim, quando a dor de permanecer for maior do que a de mudar. Portanto, é mister saber avaliar o que traz mais alegria ou lucro e optar, porém, tratando-se de crianças, adolescentes, jovens, entende-se que o melhor caminho é o professor, pais e todos os envolvidos no processo educacional inteirarem-se do assunto e dar uma orientação melhor e segura àqueles que realmente necessitam.
Texto: Professora Walknéia da Rocha Constantino
Postado por Equipemarcosmeier ás 22:34
Texto lido em uma reunião pedagógica na escola das minhas filhas.
A seguir , sinalizou o quanto o ambiente pode interferir no desenvolvimento da inteligência. Isso foi concretizado através do exemplo de uma experiência feita com três ratos, sendo o primeiro colocado num local fechado onde a comida ficava próxima a ele; o segundo em um outro lugar também fechado, porém o alimento foi posto de forma que ele necessitasse de alum esforço para obtê-lo; já o terceiro, e último rato, fora preso em um espaço tendo que enfrentar o desafio de um labirinto para conseguir se alimentar. Mas , a cada dia a comida era trocada de local o que tornava sempre mais difícil tal aquisição. No final de um determinado tempo, os dois primeiros ratos haviam morrido, enquanto o terceiro continuava vivo e bem ativo, tentando achar mais alimento.
Essa experiência serviu para nos alertar sobre a maneira como oferecemos ou não desafios ás nossas crianças para que possam através de situação-problema desenvolver sua capacidade cognitiva.
Marcos Meier destacou também que , embora os 100 bilhões de neurônios da bagagem genérica do homem vão-se perdendo ao longo do tempo, o número de sinapses pode ser aumentado mediante as possibilidades de estímulos que se receber. Explicou que a diferença no desenvolvimento da inteligência está na superação, por isso as crianças devem receber estímulos, problemas e desafios para serem resolvidos por elas próprias.
Ao estabelecer que a negligência é um crime contra o cérebro e tão prejudicial quanto a superproteção. Marcos diz que esta última limita a capacidade do cérebro .
No que se refere à escola e família o nosso palestrante destaca o cuidado que se deve ter ao falar com os pais sobre o desenvolvimento do filho, evitando palavras que diminuam a imagem da criança, mas sim , elogiar o potencial dela e dizer que o mesmo pode ser bem mais trabalhado. Mostrar inclusive com é importante desenvolver a autonomia, fazendo com que a própria criança resolva os seus problemas. Tudo isso dever ser feito sem nenhuma força física. Ressaltou também: " Nos não somos facilitares da aprendizagem, somos desafiadores das dificuldades".
Foi tratado também da chamada síndrome da Privação Cultural, ou seja, a criança é privada da própria cultura, pois o mundo não está sendo explicado para ela. Um exemplo disso é quando uma criança de 10 anos , que provavelmente já sabe o sistema monetário, mas não lhe foi explicado como isso funciona no seu cotidiano. Portanto , esse conhecimento fica só na teoria e não é interiorizado.
Outros exemplos dessa mesma síndrome são os de crianças que ficam sozinhas. as que assistem à televisão o dia inteiro ou aquelas viciadas em vídeo games. Entende-se então que é imprescindível tempo de mais qualidade para que haja uma boa aprendizagem.
Quanto ao papel do professor, Marcos Meier alertou que ele deve procurar, sempre que possível, desenvolver a autonomia do aluno e não tem que lhe ensinar, pois quanto mais o aluno aprende mais ele se apropria da cultura. " O verdadeira mestre é aquele que ensina autonomia.".
Na mesma linha temática o palestrante apresentou-nos as fases da autonomia assim divididas:
Anomia - a fase do bebê - não há regras, nem limites;
Heteronomia - há excesso de normas, regras limites que vêm do outro.
Autonomia - quando a criança já interiorizou e compreendeu todas as regras.
Se todas as etapas forem desenvolvidas, a criança já possui autonomia, daí ela consegue ter percepção das coisas, o que torna possível a aprendizagem.
Em outro momento, Marcos Meier voltou-se mais para o fator emocional em que ele aborda a falta de afeto como sendo altamente prejudicial tanto para a criança, adultos e inclusive idosos. Explica que a criança necessita de afeto para desenvolver a sua autonomia. Já o adulto, embora precise muito, procura " disfarçar" essa carência afetiva o que não se dá com o idoso, pois esses fazem questão do toque, da proximidade. Quando há falta de afeto, de contato, de amor temos como resultado a depressão.
Quanto ao ciclo de aprendizagem, Marcos Méier o distribuiu assim:
1°.) Aula - memória de curto prazo - a pessoa logo esquece o que foi apresentado.
2°.) Lição de casa - memória de longo prazo - repetição do que foi explicado em aula .
3°.) Sono profundo- fixação - o que há na memória de longo prazo é fixado durante o sono.
Um dos itens bem interessantes de se observar foi o de que dever de casa ainda é um dos recursos mais importantes para que a criança possa apreender , pois esse simples hábito de repetição é que vai construir a aprendizagem. Destacou também o hábito de seis semanas de repetição diária.
Marcos Meier observou que o adolescente não cria vínculo , para ele tudo é superficial, por isso devemos estar atentos a esse tipo de comportamento.
Citou que o trabalho , às vezes , não tem que ter prazer , mas sim, realização.Finalizou dizendo que as crianças, hoje em dia, não têm sono profundo, dormem pouco; logo não conseguem ter fixado aquilo que lhes foi explicado durante as aulas. Isso talvez se deva a tantas ocupações ou distorções a que são submetidos.
O nosso palestrante deixou claro que a apresentação de uma alternativa melhor não acarreta mudança nem faz as pessoas mudarem, mas sim, quando a dor de permanecer for maior do que a de mudar. Portanto, é mister saber avaliar o que traz mais alegria ou lucro e optar, porém, tratando-se de crianças, adolescentes, jovens, entende-se que o melhor caminho é o professor, pais e todos os envolvidos no processo educacional inteirarem-se do assunto e dar uma orientação melhor e segura àqueles que realmente necessitam.
Texto: Professora Walknéia da Rocha Constantino
Postado por Equipemarcosmeier ás 22:34
Texto lido em uma reunião pedagógica na escola das minhas filhas.
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